Resenha - Fumaça



O quão longe a perversidade do homem pode ir? Será que é capaz de exterminar milhares de inocentes, por causa do preconceito de um governo? Infelizmente, sim. Durante a segunda guerra, um dos mais tristes acontecimentos, silenciou milhares de vozes, que não possuíam culpa alguma. Pessoas que levavam sua vida, cuidando dela, sofreram nas mãos de um ditador, apenas, por causa de sua fé. Inúmeras histórias são retratadas no universo literário, como no cinematográfico. São tantas vidas exploradas, várias tentativas de dar voz a aqueles que foram silenciados.
Hoje lhes apresento um livro infanto-juvenil, que através da visão de uma criança, retrata todos os horrores e incertezas de um campo de concentração. A obra Fumaça, escrita pelos autores Antón Fortes e Joanna Concejo, foi pública no Brasil em 2011, pela editora Positivo. 35 páginas podem até ser consideradas poucas, mas que são capazes de emocionar qualquer adulto. Sim, a obra é classificada como infanto-juvenil, mas não há razões para não ser lida por todos.
Escrita como um diário, onde o narrador é também o ator principal, a história transmite a nós todas as angústias de um menino, este sem nome, pois representam todos aqueles que para lá foram, e nunca mais voltaram. As ilustrações da obra, estão em perfeita sintonia com a história, e deixa a impressão de que todo o livro, foi escrito em um rascunho, sobre os desenhos do próprio narrador.
Em nenhum momento os autores deixaram de explorar a inocência do menino, o que deixa a história ainda mais triste. Não contarei a história, pois tenho esperança que você ainda a leia um dia,  mas digo com antecedência: não tenha medo de ler por ser um livro infantil. Por vezes, precisamos de inocência em nosso cotidiano.


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